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Quando examinamos o teatro como uma forma de expressão artística, facilmente constatamos que são vários os elementos que são comuns a toda a arte cénica. Estes elementos estão presentes independentemente do local onde acontece; sem eles, o teatro deixa de ser teatro e passa a ser uma outra coisa, uma outra forma de arte, uma diferente experiência:
1. O Público: não há teatro sem público. Isto é o básico do básico. A essência do teatro vive da interacção entre o ator (ou atriz) e o público. Não se pode dizer que acontece se não existe ninguém que o possa testemunhar. Quando lemos uma peça de teatro (da mesma forma que ouvimos uma música gravada), estamos perante um evento privado, íntimo, que não é, pela sua natureza, performático. 2. Os atores (atrizes): outro elemento absolutamente fundamental do processo teatral é a atuação, a performance. pessoas em cena desenvolvendo uma ação dramática. A atuação é o coração da arte cénica e o ator o seu instrumento. Lembram-se de Peter Brook? Uma pessoa atravessa o espaço vazio perante outra que observa e isso é tudo o que é preciso para termos uma ação cénica. Outro aspeto importante é o seguinte: é o personagem quem fala para o público, não o ator ou a atriz. 3. Texto ou Dramaturgia: outro elemento essencial. O teatro conta histórias. Que as escreve para o teatro é normalmente conhecido como dramaturgo. O seu material de trabalho pode ser o mais variado: uma notícia de jornal, um acontecimento biográfico, um sonho ou até um anúncio comercial que viu na televisão. A escrita para teatro, ou a dramaturgia, exige conhecimento dos alicerces das artes cénicas, por um lado, e da escrita, por outro, o que não é nada fácil. Pode haver teatro sem texto, mas não há teatro sem dramaturgia, ou seja, sem algo que se esteja a contar ou a mostrar. Será isso o principal factor que diferencia a arte cénica da performance. 4. O espaço cénico: pode ser um teatro, mas não precisa de ser um teatro, necessariamente. Pode ter palco, mas não precisa de ter palco. Pode ser um armazém abandonado, uma praça ou até o interior de um autocarro. Na maioria dos casos, a divisão de espaço entre quem atua e quem assiste é clara, mas não é obrigatório que assim seja. Público e ação podem estar misturados e, em casos extremos, o público pode mesmo fazer parte da acção..
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TEATRO 16Iniciando a aventura, CITAÇÃO DO DIA
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Dezembro 2016
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