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BAIXA Diz-se da parte do palco mais próxima da boca de cena.
BAMBOLINA Faixa de pano, geralmente flanela preta, que une na parte superior as pernas dos rompimentos. A bambolina régia é suspensa imediatamente atrás do quadro do proscénio, regulando a altura da boca de cena. BANDA SONORA Diz-se do alinhamento de sons apresentados num espectáculo. BARROCO Diz-se de um estilo caracterizado pela liberdade de formas e a profusão de ornamentos. BASTIDORES O que não está à vista do público, num teatro ou equivalente. BENGALA Acção ou fala que o actor constrói para se apoiar na interpretação. BLACK-OUT Expressão inglesa que designa o escuro total, no palco e na sala. BOCA DE CENA A abertura de cena regulada pela bambolina régia na altura e pelos reguladores na largura. BRANCA “Ter uma branca”. Lapso de memória de um actor. BUCHA Palavra ou frase improvisada, geralmente espirituosa, que o actor insere nas suas falas. BURLESCO Forma cómica exagerada e de paródia, empregando expressões triviais para travestir personagens e situações heróicas; a epopeia burlesca aparece em França no século XVIII. No seculo XX, o burlesco encontra a sua prefeita expressão em certos filmes cómicos (ex:Charlie Chaplin, Buster Keaton) e nos espectáculos de “music-hall”.
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ABERTURA Largura da boca de cena. Trecho musical imediatamente executado antes do pano subir..
ABERTURA DE PALCO O momento em que se abre ou se levanta o pano de boca.. ABERTURA DE PASSAGEM Espaço deixado nos bastidores para as entradas e saídas dos atores em cena.. ABRIR PARA FORA Todas as portas de saída da sala e para o exterior devem “abrir para fora” por questões de segurança.. ACÇÃO Conjunto do que se diz e faz em cena.. ACÇÃO CONTÍNUA Stanislavski utilizava essa expressão para deixar claro para os atores o fato de que a ação da personagem deve estar sempre viva, mesmo que mentalmente, até mesmo nos intervalos e entreatos. ACÚSTICA É a ciência que estuda o som. É fundamental o seu estudo quando se constroem as salas de espetáculos para facilitar a projeção da voz dos atores e permitir uma melhor recepção auditiva por parte dos espectadores. ADERECISTA É o técnico que fabrica os adereços. ADEREÇO DE CENA Objecto que decora a cena e é aposto no cenário.. ADEREÇO DE REPRESENTAÇÃO Objecto colocado em cena que se destina a ser usado pelo ator durante a representação.. ÁGON Termo utilizado na comédia antiga, que significa o diálogo/conflito dos inimigos, sendo esse o cerne de toda a peça.. ALÇAPÕES São aberturas do palco, conseguidas pelo levantamento de uma quartelada e que se destinam a fazer aparecer ou desaparecer pessoas ou objetos. ALEGORIA Personificação de uma ideia que é realizada pela personagem que possui propriedades bem definidas. Um exemplo seria um martelo de Thor ou o ursinho de pelúcia de uma personagem infantil ou infantilizada. ALTA Diz-se da parte do palco mais próxima do fundo de cena. AMADOR Diz-se do que faz teatro, normalmente nas sociedades recreativas, sem remuneração. Ao longo dos tempos, frequentemente, os grupos de teatro amador “forneceram” atores ao teatro profissional. ANFITEATRO Recanto com arquibancadas ou filas de assentos em semicírculo, tendo ao centro um estrado o palco onde se fazem representações. ANTAGONISTA Personagem da peça em oposição ao conflito. É um caráter essencial da forma dramática. APARELHO O preparado que se aplica aos panos antes de os cenografar. Há quem use água, farinha, água e cola. APARTE Observação ou reflexão que um personagem faz a si mesmo, ou para o público, quando está em cena com outros personagens, sem que estes, supostamente o oiçam. APLAUSOS Demonstração de agrado por parte da plateia, por meio de palmas, bravos. APUPOS Conjunto de assobios e gritos que o público usa para manifestar desagrado pelo espetáculo apresentado. APURAR Ensaiar em pormenor as cenas que constituem o espetáculo numa determinada fase antes dos ensaios corridos. ÁREA DE REPRESENTAÇÃO Porção de palco ou da cena que fica compreendida entre as linhas de vista dos espectadores da primeira e da última filas da sala. ARMAR UM CENÁRIO Enquadrar os bastidores, ilhargas e biombos, atar e pendurar da teia as rotundas, bambolinas, fraldões e telões de fundo necessários a uma cena. ARQUITECTURA TEATRAL Diz-se da complexa especialidade que é a construção, decoração e equipamento de um teatro, no seu conjunto de instalações de serviço e para uso público, bem como do exterior. ARRUMADOR O assistente da sala que leva os espectadores aos seus lugares. ARTICULAR Pronunciar de forma clara as palavras não desvirtuando a língua. ASAS DO PALCO Os espaços livres entre o espaço cénico e as paredes laterais do palco. ATO Parte de uma peça que corresponde a um ciclo da ação que é separada das outras por um intervalo. As peças podem ter de um ato a vários atos. Em termos de transposição cénica e dependendo da encenação, os intervalos podem ser evitados por mutações breves, usando cortinas, cortes de luz e outros recursos. ATOR/ ATRIZ Pessoa que recebeu preparação teórica, técnica e artística para interpretar e representar num espetáculo de teatro. AUDIÇÃO Destina-se a escolher através de provas práticas atores para representar uma personagem e integrar um espetáculo. Quando examinamos o teatro como uma forma de expressão artística, facilmente constatamos que são vários os elementos que são comuns a toda a arte cénica. Estes elementos estão presentes independentemente do local onde acontece; sem eles, o teatro deixa de ser teatro e passa a ser uma outra coisa, uma outra forma de arte, uma diferente experiência:
1. O Público: não há teatro sem público. Isto é o básico do básico. A essência do teatro vive da interacção entre o ator (ou atriz) e o público. Não se pode dizer que acontece se não existe ninguém que o possa testemunhar. Quando lemos uma peça de teatro (da mesma forma que ouvimos uma música gravada), estamos perante um evento privado, íntimo, que não é, pela sua natureza, performático. 2. Os atores (atrizes): outro elemento absolutamente fundamental do processo teatral é a atuação, a performance. pessoas em cena desenvolvendo uma ação dramática. A atuação é o coração da arte cénica e o ator o seu instrumento. Lembram-se de Peter Brook? Uma pessoa atravessa o espaço vazio perante outra que observa e isso é tudo o que é preciso para termos uma ação cénica. Outro aspeto importante é o seguinte: é o personagem quem fala para o público, não o ator ou a atriz. 3. Texto ou Dramaturgia: outro elemento essencial. O teatro conta histórias. Que as escreve para o teatro é normalmente conhecido como dramaturgo. O seu material de trabalho pode ser o mais variado: uma notícia de jornal, um acontecimento biográfico, um sonho ou até um anúncio comercial que viu na televisão. A escrita para teatro, ou a dramaturgia, exige conhecimento dos alicerces das artes cénicas, por um lado, e da escrita, por outro, o que não é nada fácil. Pode haver teatro sem texto, mas não há teatro sem dramaturgia, ou seja, sem algo que se esteja a contar ou a mostrar. Será isso o principal factor que diferencia a arte cénica da performance. 4. O espaço cénico: pode ser um teatro, mas não precisa de ser um teatro, necessariamente. Pode ter palco, mas não precisa de ter palco. Pode ser um armazém abandonado, uma praça ou até o interior de um autocarro. Na maioria dos casos, a divisão de espaço entre quem atua e quem assiste é clara, mas não é obrigatório que assim seja. Público e ação podem estar misturados e, em casos extremos, o público pode mesmo fazer parte da acção.. O que é o teatro? A palavra teatro é originária do Grego: théatron, ou seja, "o lugar de onde se vê". O outro termo nuclear – drama – é igualmente originário do Grego – dram – e quer dizer "fazer acontecer". Acção. Assim temos o Teatro como algo para ser visto; algo para ser feito. Uma acção que é testemunhada. Tão simples quanto isto, como descreveu de forma brilhante o encenador Peter Brook. Hoje em dia, utilizamos a palavra "teatro" para outros fins. Por exemplo, pode-se referir ao edifício onde as peças se realizam: o espaço para a actuação dramática. "O lugar de onde se vê". O teatro costuma, tradicionalmente, ser simbolizado por um conjunto de duas máscaras, uma «que ri» e outra «que chora», e que representa os dois géneros dramáticos clássicos mais conhecidos, a comédia e a tragédia. Quando falamos de teatro, na maior parte dos casos estamos a falar de uma actividade específica, uma arte, uma forma de expressão artística. Neste último caso, fica clara a utilização deste conceito: "vamos ao teatro"; "vamos ver uma peça de teatro"; "o grupo de teatro Amarante vai actuar"; "vamos ter uma aula de teatro"; etc. Estamos, pois, a utilizar a palavra teatro para designar uma ocupação, uma actividade profissional (ou não) – e na maior parte dos casos, uma paixão – de milhares de homens e mulheres um pouco por todo o mundo. O teatro é, ainda, uma arte colectiva, normalmente envolvendo dezenas de pessoas, desde actores, encenadores, dramaturgos, técnicos e produtores. O teatro, expressão das mais antigas do espírito lúdico da humanidade, é uma arte cénica peculiar, pois embora tome quase sempre como ponto de partida um texto literário (comédia, tragédia ou outros géneros), exige uma segunda operação artística: a transformação da literatura em espectáculo cénico e a sua apresentação directa para a plateia. Assim, para que o teatro aconteça temos que considerar um triângulo onde em cada vértice temos, respectivamente, a dramaturgia, o actor e o público. Tudo o resto é importante, mas não é essencial. A dramaturgia não tem que ser literária, isto é, constituída apenas por palavras. Um gesto tem um significado e uma leitura dramática. Simboliza e transporta com ele uma intenção. Por maior que seja a interdependência entre texto dramático e o espectáculo, o actor e a cena criam uma linguagem específica e uma arte essencialmente distinta da criação literária. A arte dos actores e do encenador não sobrevive à representação; os textos ficam. Apesar do texto dramático se manter intacto e incólume ao longo dos anos, a essência do teatro radica na sua função eminentemente social: assume-se como prática social colectivamente participada. Quando estamos a olhar para um palco, estamos a receber ao mesmo tempo, seis, sete ou mais informações: o cenário diz-nos algo; a roupa utilizada; o tipo de iluminação; os gestos e a forma como os personagens se movimentam em cena; a forma como os actores falam, a música ou som ambiente que se ouve, etc. Durante o espectáculo, o texto dramático realiza-se mediante a metamorfose do actor em personagem. A literatura dramática exige presença e cooperação do público. Assim, o teatro é principalmente fenómeno social e, como tal, sujeito às leis e dialéctica históricas. Por isso, não existe teatro em sentido absoluto, com normas permanentes, mas vários teatros, muito diferentes, de diversas épocas e Nações. |
TEATRO 16Iniciando a aventura, CITAÇÃO DO DIA
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Dezembro 2016
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